domingo, 27 de janeiro de 2013

Interessante (Crônica)

Nós, humanos, estamos sempre interessados em algo ou alguém. Há sempre um interesse. Fiquei pensando no significado da palavra "interessante" esses dias e concluí que tudo é interessante. A diferença é que depende da relação da pessoa com o ser ou coisa ou situação tem. Tem gente que acha livros de matemática interessantes, mas outras pessoas não acham. Essas que não acham matemática interessante podem achar história natural interessante e o pessoal da matemática discordar disso. Enfim, tudo é interessante pra alguém, parando pra pensar. Basta apenas despertar interesse para que alguma coisa, pessoa ou situação se torne interessante aos olhos de alguém, e sempre há interessados.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Sutilezas Que Mudam Trajetórias (Crônica)

Já parou pra pensar naqueles momentos onde você mudou uma história por causa de um detalhe? Creio que já deva ter feito isso algumas vezes. É quando o "SE" aparece na qualidade de Conjunção Subordinativa Condicional. Normalmente esses momentos do "SE" são coisas sutis, por exemplo: 

Uma entrevista de emprego, o entrevistado vai indo bem até que uma palavra mal colocada faz com que ele perca a vaga. A vaga poderia ser dele SE não tivesse dito a palavra mal colocada.
Um rapaz paquerando uma moça, fazendo tudo certinho, até a hora que ele resolve "enfeitar demais o pavão" e a moça não gosta e se desinteressa. SE ele continuasse na mesma levada, o flerte levaria outros trajetos.

Por vezes, uma palavra, uma simples palavra pode mudar o rumo de uma conversa. Pode levá-la pra algo agradável ou desagradável. Até mesmo uma comunicação não-verbal pode mudar a trajetória de algo, como, por exemplo, duas pessoas conversando e uma delas transmite por linguagem corporal completo desinteresse na conversa, fato que abrevia o papo e ainda faz a outra pessoa se sentir mal depois. Também "fazer nada" pode mudar algo. Normalmente quando duas pessoas se relacionam e uma delas simplesmente some, desaparece. A pessoa, depois de tempos, reaparece e encontra indiferença no outro indivíduo. Alguns seres tem a pachorra de reclamar dessa indiferença.

A cada momento tomamos decisões. Sinceramente não sei dizer quantas decisões por dia, em média, um ser humano toma. Sei dizer que são muitas. Nesse momento, decidi escrever uma crônica, mas podia estar jogando videogame, indo à praia, ao cinema, teatro ou dormindo... Tem tanta coisa que eu poderia estar fazendo AGORA, mas decidi parar pra escrever. Quando eu terminar, vou tomar outra decisão e dentro dessas decisões, vou tomando outras. São as sutilezas que mudam as trajetórias da nossa vida. Até os atos do cotidiano são decisões que temos que tomar. Por exemplo, um aluno que resolve matar aula, uma pessoa que resolve não ir trabalhar ou resolve ir trabalhar mesmo doente, uma pessoa que decide não dormir pra terminar o trabalho da faculdade, uma pessoa que decide não almoçar pra poder jantar... Todos tomam decisões o tempo inteiro e nem se dão conta. Essas decisões mudam os rumos que a vida dessa pessoa segue. Uma pessoa que decidiu não fazer aquele curso de inglês porque iria ficar sem tempo pra sair com os amigos ou qualquer outro tipo de lazer se depara anos depois com uma situação que SE ela soubesse falar o idioma inglês poderia ter uma bela ascensão profissional ou até pessoal, no campo afetivo, em grande parte dos casos.

Isso que escrevo não é para que as pessoas passem a viver sob a pressão de saberem que cada momento é uma decisão a ser tomada e que cada escolha leva a um resultado diferente. Na verdade, espero que sirva pra que aquele que venha a ler este texto aprenda a conviver naturalmente com o ato de tomar decisões. Que possamos viver e tomar boas decisões em um maior número de vezes!

Beijo nas crianças,
MB

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Maçã do Topo da Árvore (Crônica)

Segundo Machado de Assis, as mulheres são como maçãs em árvores: as melhores estão no topo. É um texto utilizado por inúmeras mulheres como motivacional. Acho bonito sempre cuidarmos da autoestima, mantendo-a no topo das nossas árvores, mas, vamos combinar, tem gente que se exacerba achando que é a oitava maravilha do mundo, ou quase isso. 

Bem, eu vou concordar com o Machado na parte que ele diz que os homens "catam" as maçãs podres que estão no chão por serem mais fáceis de pegar. Porém, os homens não devem se enganar: há maçãs podres no andar de cima da macieira, há maçãs boas nos andares inferiores. O lance é enxergar bem e saber por qual desta fruta vale a pena se esforçar.

Eu já subi em várias macieiras até o topo atrás daquela maçã maravilhosa... Quando eu chegava lá, aquele pequeno galho se transformava em hélices e a fruta linda voava pra além da árvore. Poxa, eu sei escalar árvores, mas não sei voar! É uma parcela de mulheres que dificultam tanto que perde a graça. Ou o fazem pelo medo de se machucarem, como o Machado fala dos homens em seu texto, ou o fazem por diversão, pra alimentar seu ego e ter sempre um cãozinho correndo atrás.

A opinião deste que vos escreve é que quem se considera superior a outro ser humano já é inferior automaticamente, pois é um pensamento de uma extrema pobreza de espírito. É lindo manter-se motivado, desde que não seja direta ou indiretamente às custas dos outros.

O Príncipe Encantado (que, lamento dizer, não existe), falemos "dele": O perfil de um sujeito tipo o dessa fábula é de valentia, inteligência e esperteza (o cara anda de cavalo, otimiza seus esforços pra que eles sejam empregados nos momentos onde é necessário o esforço). O que vive pulando por aí atrás das fêmeas é o sapo e é impressionante como mulheres que se autodenominam "Maçãs do Topo da Árvore" têm predileção pelos anfíbios.

Beijo nas crianças,
MB