terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Lombo e a Lombada (Crônica)

Numa boa, caros leitores, tem marido que merece levar uma chinelada de havaiana de pau no meio da cara. Direi a vocês o porquê. A seguir:

Estava eu voltando para casa após confraternizar-me com minha família. Festejamos o Natal de uma forma muito bacana, de acordo com o que penso sobre esta data. Vou dirigindo vagarosamente durante o percurso até minha humilde residência (pois neste período de Festas de Final de Ano algumas pessoas bebem mais do que já bebem e, pasmem, DIRIGEM). Então, conduzo meu veículo prestando atenção por mim e pelos outros. 

Ao passar por uma pequena rua, me deparo com uma lombada. Ok, vamos cuidar da segurança dos pedestres e de desavisados que andam pela rua achando que são carros. Olho para o lado esquerdo e vejo uma mulher de costas para a rua, portadora de um "senhor" LOMBO. Não tinha como eu passar rápido e eu olhei mesmo porque era um derrière (traseiro, em francês) muito belo. De fato, não pisei fundo no acelerador e contemplei um pouco mais aquele bumbum que estava dentro de uma bermuda muito curta. Após meu carro se distanciar mais um pouco, vi pelo retrovisor que um cidadão estava de pé, aos berros, gesticulando. Parei, abri a porta do carro, pois meu vidro está com problemas, e bradei em alto em bom som estas palavras ao distinto cavalheiro:

"MEU CAMARADA, SUA MULHER TEM UMA BELA BUNDA E ESTÁ DE COSTAS PARA A RUA EM FRENTE A UMA LOMBADA, E AINDA COM UMA BERMUDA CURTA! QUALQUER UM VAI OLHAR E QUEM GOSTA, COMO EU, VAI OLHAR MAIS UM POUCO. VÁ RECLAMAR COM SUA MULHER!"

Fechei a porta do carro e não dei direito de resposta para o cidadão, até porque o cara era enorme e estou deveras enferrujado nas artes marciais. Em suma, eu ia ser coberto de porrada. Não, no Natal, não!

Beijo nas crianças e um Feliz Natal,
MB

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De Lá e de Cá (Poema)

Preciso de uma nova inspiração
Uma mulher que me tire o chão
E me faça sentir voar
Flutuar nos ventos da paixão
Sem medo que de lá eu caia
Que eu me sinta seguro na barra da sua saia
Que eu me perca em suas entranhas
Que ela seja agridoce e tenha novos sabores
Que ela seja descompassada
Pra entrar no compasso dos meus defeitos
Que ela seja o sol que brilha após as trevas
Numa homérica odisseia
Não quero muita coisa
Só quero o amor puro e intenso
De lá e de cá

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Música e Eu (Crônica)

Estava, dessa vez, determinado a deixar a música. Fazendo planos pra seguir a profissão que deixei (hoje chamada de Profissional de TI) ou seguir uma nova profissão, iniciando em 2013 uma nova faculdade pra concorrer no mercado ali perto dos meus 40 anos, sem nenhuma experiência anterior. Sabe, chega uma hora na vida que uma canção da minha época de Igreja dizia: "Não dá mais pra voltar, o barco está em alto-mar". Só de pensar em deixar a música, eu começo a sentir cada batida do meu coração doer. Cada pulsação é pura dor, é como se estivessem batendo com havaiana de pau no meu peito. E então começo a ouvir tudo aquilo que eu ouvia quando tinha 8 anos... Voltei ao início pra entender a caminhada toda e descobrir onde eu me desvirtuei. Tudo indicava que eu ia acontecer em breve. Gravei um disco de extrema qualidade, faço a minha arte com verdade e respeito. De repente, tudo "estabacou" e perdi o Norte. Os mais íntimos sabem dos detalhes.

Revisitando tudo o que tenho nos meus arquivos musicais, vi o quanto me abasteci, do que me abasteci e comparei com o que produzi. É bem de acordo, me considero coerente com minhas raízes e com o que faço. Há um certo idealismo, mas a maioria dos artistas dos quais sou fã foram resistentes e, até de certa forma, antagônicos com o que a mídia da época pregava... A mídia, sempre a mídia... Nas mãos de uns poucos. Eu acho a música uma arte tão ampla que não entra na minha cabeça pessoas quererem monopolizá-la e com isso idiotizá-la. O povo não escolhe mais o que toca. É o "investimento" que escolhe o que toca. Músicas com refrões que contêm onomatopeias e até uma simples vogal são a fonte da riqueza de uns poucos. Ok, não quero que essas pessoas parem de ganhar dinheiro. Só quero poder sobreviver com dignidade da minha arte. Não sinto necessidade de mansões, helicópteros, carros. Minha necessidade é apenas de dignidade. Só isso. Já não tiro férias há 7 anos até aqui, mas isso pra mim não doi. Doi é por vezes não ter grana pra me deslocar de casa pra um pequeno show ou grana pra fazer um lanche pós-show porque aquela (pouca) grana que acabei de ganhar já tem destino certo. Doi é receber ligações dos credores e eu não ter resposta pra nenhuma proposta de renegociação com eles. O que eu devo, no geral, tem artista que ganha em um show apenas. E eu teria que fazer uns 30 pra alcançar metade desses lucros.

Hoje tive uma overdose de música na minha vida e vi que somos feitos um pro outro mesmo. Como o barco está em alto-mar, realmente não dá mais pra voltar e então o que me resta é lutar, resistir, persistir... Me resta acreditar que um dia entenderão minha canção, meu canto. Enquanto isso, simplesmente canto onde a música me levar. Quando ela achar que estou pronto pra outro patamar, estarei vigilante para que nenhuma oportunidade seja perdida, pois o mundo artístico, meus caros, é um mundo de muitas poucas oportunidades. 

Ainda tenho forças, obstinação, determinação. Então utilizá-las-ei a favor de mim. É preciso um bocado de "egoismo" e "vaidade", mas não pode passar da medida, senão vira arrogância e a sarjeta é logo ali pros arrogantes.

Não tenho outra alternativa: a Música me escolheu e eu aceitei o desafio. Não vou fugir, até porque essa opção não existe pra mim. É enfrentar ou sucumbir. Então enfrentarei.

Beijo nas crianças,
MB

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Colisão das Ondas (Prosa Poética)

Sinto-me estranho ultimamente... diria que verdadeiramente vazio. As saudades que sinto são de entes queridos. Fugiram-me as vontades mais vorazes que tinha. Não sei se são por culpa dos psicotrópicos ou simplesmente pelo fato de o mundo ter realmente se tornado menos interessante. Tenho evitado criar vínculos, tenho medo. Pouca coisa me interessa, pouca gente me interessa... cada vez menos gente me interessa! E a música, que é o idioma que falo com mais fluência, parece desaparecer de mim. Olho pro meu violão e me sinto, às vezes, incapaz de tocá-lo... ou seria indigno? Não sei, o canto não sai mais alegremente da minha boca. Sai, por muitas vezes, por obrigação ou por necessidade de algo dentro de mim que se perdeu ou que simplesmente perdi a capacidade de enxergá-lo. Meu choro é seco, minha dor é intermitente e sempre volta em lugares diferentes, não me deixa uma pista sequer do seu motivo. Estou perdendo o interesse em mim. Estou pesado, carente e misantropo, um paradoxo. Estou pedindo socorro, mas não sei de que ou de quem. Nem sei se realmente estou precisando de ajuda. Só sei que estou perdendo os meus interesses e ambições. Tenho me agarrado nas pequenas vitórias que conquisto pra sobreviver, pra poder viver, pra querer viver. Estou esfriando por dentro, gelando em processo de criogenia, mas sinto dores no corpo, sinto meu corpo morrendo aos poucos. Sinto-me confuso. Sinto-me bagunçado, fragmentado... Lento... Nebuloso. Não quero a compaixão alheia, tampouco a compreensão. Quero apenas uma coisa: recuperar aquela vontade e orgulho de ser eu mesmo. Não é fácil ser eu, queria poder mostrar de forma prática aos que sentem inveja para ajudá-los. Quero aparecer e quero sumir, muitas vezes ao mesmo tempo. E nessa hora vem uma onda de um lado e uma onda de outro lado, e quando elas colidem, dói. Mas nesse momento de dor, por alguns instantes, consigo saber o que está acontecendo, mas é tão rápido que passa despercebido. Consigo até sentir saudades de quem amei, mas passa. Consigo me interessar pela vida, mas passa. Tudo vem e tudo passa. Confesso ter medo das colisões dessas ondas. A única coisa que controla a minha dor é o momento da escrita. Sei que é uma merda pra quem lê ou ouve esses cantares de lamentações, mas esse sou eu hoje. A colisão das ondas provocou um texto hoje. A cada colisão, uma coisa diferente é provocada. Eu tenho que me tratar, o mundo também tem que se tratar. 

Essas são as minhas loucuras... O abstrato mais concreto de mim. A colisão das ondas... Sei lá se um dia vou me afogar. Sei lá o que vai acontecer. Sei lá se vou viver ou sucumbir. Nada sei, nada sei. Isto é o que sinto agora, nesse dado momento. Fim? Sei lá...

Beijo nas crianças,
MB

sábado, 29 de setembro de 2012

Gélida (Poema)

Nos seus olhos vejo a apostasia do mundo
É tão difícil sentir calor ao seu lado
E eu detesto frio
Sua presença arranha minha garganta
Com tristes canções
E causa-me espirros de melancolia
A sua frieza é tão forte
Que faz-me sentir no Pólo Norte
Em pleno Calçadão de Bangu

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Solitude e Solidão (Crônica)

Ando conversando com muita gente sobre essa coisa de "estar sozinho". Há pessoas que dizem gostar de ficarem sozinhos, no seu mundo. Sou desses. Esse blog, por exemplo, é parte do meu mundo particular. Escrevo o que bem entendo sem me preocupar com a reação alheia. Confundi durante muito tempo da minha vida SOLITUDE com SOLIDÃO. Muita gente confunde, alguns acham que são rigorosamente a mesma coisa. Não são! Solitude é, basicamente, aquele estado de isolamento voluntário e a solidão não é um estado voluntário. Quem diz que optou pela solidão, não compreende o significado dela. Eu vivo as duas coisas, depende do dia, depende do meu "astral". Solidão é uma coisa ruim, muito ruim. Imagina alguém no meio de uma multidão, de pessoas conhecidas, se sentindo só? Isso é triste demais, é a solidão em seu estado mais doloroso. Vivo isso com alguma frequência. Já a solitude, é a opção de ficar só, de se isolar e, principalmente, não ficar triste por isso. Não há tristeza na solitude. 

Gosto, particularmente, de ir sozinho ao cinema. Não saio triste dessas sessões, não fico deprimido quando vejo os casais, quando vejo as pessoas acompanhadas. Isso é solitude. Não gosto de ir a lugares onde conheço boa parte das pessoas presentes e me sinto só, fico triste quando isso acontece. Isso é solidão.

Deixo a pergunta pra vocês, leitores: aqueles entre vocês que dizem gostar de ficar sozinhos, estão no estado de solidão ou solitude? Se a resposta for solidão, recomendo que levantem a poeira e saiam dessa. Se é solitude, bacana, curtam muito a própria presença, mas não é bom, ainda que o mundo esteja cada vez mais fútil e falso, o ser humano ficar só o tempo todo. Nós somos seres sociais. Temos que pensar na fábula dos porcos-espinhos, que num dia de frio uns ficaram separados porque caso se aquecessem, iriam se machucar com os espinhos. Estes todos morreram de frio. Os que resolveram se aquecer entre si, acabaram se machucando com os espinhos dos outros, mas sobreviveram. Sei que essa história é um clichê danado, coisa de livreto de autoajuda, mas é um raciocínio lógico. Alguns clichês são verdades irrefutáveis.

É assim, por hoje, texto curtinho. Vou seguir pensativo no assunto.

Beijo nas crianças,
Marcio Bragança

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tristesse (Poema)

Os versos mais tristes que escrevo
São estes...
Solitárias palavras que nunca irão expressar metade da dor que sinto
Pra uns, é autopiedade... tenho piedade destes
Pra outros, é carência... tenho piedade destes
Pra mim, sou apenas eu, apenas eu
Ninguém precisa me entender
Tampouco me aceitar
Esse mundo de fingimentos me cansa
Essa obrigatoriedade de sorrir me irrita
Ninguém precisa gostar de mim
Nem precisa me respeitar
Não me importo mais, não mais
Dou o direito de se afastar de mim a qualquer um
Eu só quero o direito de ficar triste
E não ter que explicar o porquê disso
Muitos só veem a cara, a embalagem
Julgam livros pela capa
Não preciso destes por perto
Também não preciso de falsos carinhos
Melhor ficar com a companheira solidão
Com quem partilho minhas dores sem machucar pessoa alguma
Não fiquem perto de mim, recomendo
E àqueles que me amam, não se preocupem
Eu vou ficar bem, vou ficar bem...



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Bunda (Poema)

A bunda desbunda
Abunda a bunda
Glúteos de montão
Afundam o bundão
Cuba lança
A bunda que balança
Bunda pensante
Bunda falante
É a bunda que dá entrevista
E a bunda que vende revista
Todos gostam de bunda
Tem até Dia da Bunda
No país que reina a bunda
É engraçada a bunda
Que desbundou o poeta
Que as desbundadas afeta
Bunda me lembra BBB
De tanta bunda que se vê
As bundas que participam
E os bundões que a TV ligam

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Amigão (Crônica)

Quem aqui, de ambos os sexos, já não foi "o amigão"? Na minha vida isso sempre foi algo muito frequente. Na verdade, É MUITO FREQUENTE! Sabe, eu tenho muitas amigas e com a grande maioria delas a relação foi (e é) de tão somente amizade. Sim, eu acredito na amizade pura entre homem e mulher, pois vivo isso tão intensamente que seria o cúmulo do ceticismo não acreditar. Já aconteceu algumas vezes de eu me interessar "além da amizade" em algumas amigas, mas sempre vem em seguida aquele texto: "Você é tudo que uma mulher gostaria de ter, é inteligente, atencioso, carinhoso, bonito (as que tem problemas de visão dizem isso...), interessante e muito... AMIGO! Não vamos estragar nossa amizade!"

Acho que vou ser muito sincero nesta crônica como jamais fui, e talvez com isso perder o pouco de respeitabilidade que tenho como artista das palavras. Muitos escritores fazem, muitas vezes, personagens de si próprios. Eu não, eu me exponho, o que é considerado pelos meus amigos um grande erro. Eu tento escrever que "o mundo é bão, Sebastião", mas o texto sempre fica piegas e comum. Fica ruim mesmo e pra publicar coisa ruim, melhor ficar quieto, né?

Tenho conversado muito com minha psicóloga a respeito das relações interpessoais de todos os tipos, mas ela detectou o problema na vida amorosa e cheguei a conclusão de uma coisa: meus vários relacionamentos não deram certo e muita gente culpa os "ex". Me perguntei o seguinte: qual o elemento comum em todos os meus relacionamentos passados? A resposta é simples: EU. Eu sou o elemento comum! Sendo assim, concluí que o problema está em mim e se quero ser bem sucedido no campo amoroso, tenho que descobrir qual é esse problema e solucioná-lo.

Voltando ao cerne da questão, vi que algo tem a ver com esse meu lado "amigão". Não sei o que transmito. Só sei que não é algo que atrai as mulheres no "sentido bíblico". Elas gostam de ficar perto de mim, mas não se atraem. Acho engraçado, pois enchem-me de elogios... Sinceramente, penso que dizem isso pra eu não ficar triste, pois sabem que sou bipolar, coisa e tal... Ser o "amigão" é legal até a página 17. Quando vira pra 18, minha gente, quando o cara se apaixona ou simplesmente tem um interesse a mais, o que é perfeitamente normal entre pessoas que comungam dos mesmos interesses "sexuais". Porém, tem gente que acha "a morte" quando o amigo ou amiga se interessa fora do sentido "fraterno". Não sabem lidar com isso e acabam com a amizade para preservá-la. OI? É isso mesmo? Vamos acabar com a amizade para preservá-la? Sim, eu já ouvi esse absurdo mais de uma vez.

Resolvi assumir de vez o posto de "amigão", falta aceitá-lo de todo o coração, assim, ninguém se machuca mais. O lado bom é que as amizades costumam durar pra sempre. Portanto, não é de todo mal ser "o amigão".

Beijo nas crianças,
MB

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mulher Gostosa (Crônica)

Hoje, um colega me abordou e me apontou uma mulher e disse: "Pô, Marcio, ela é muito gostosa, né?". Eu respondi: "De fato, ela é, mas vacilou feio comigo, me desrespeitou, então, poderia ser a Miss Universo e ainda assim não teria o menor encanto pra mim". Ele ficou me olhando como se eu tivesse deixado de gostar de mulher. Nem quis dar explicação alguma pra ele, fala sério!

Vim dirigindo pra casa pensando no assunto e no conceito de "Mulher Gostosa". Sou, assim, tipo Martinho da Vila: "Já tive mulheres de todas as cores...", inclusive gostosas, inclusive capa de revista de mulheres nuas. Eu, sinceramente, gosto de ver uma mulher bem cuidada, com belas curvas, etc e tal. Porém, meu conceito sobre "Mulher Gostosa" é diferente do comum, pelo o que concluí na minha reflexão durante minha volta pra casa. Eu defini em uma frase o meu conceito: MULHER GOSTOSA É AQUELA QUE TORNA A MINHA VIDA MAIS GOSTOSA. 

Sim, de fato, pegar numa pele macia, num corpo bem delineado, é bom pra exercitar o sentido do tato. É bom pra exercitar as funções motoras. Aquele cheiro gostoso de mulher bem cuidada faz com que nós, homens, percamos a cabeça. Mas, taí uma coisa que me deixa contrariado: por que perdemos a cabeça com isso, somente? Permitam-me explicar a questão. Eu já namorei "gostosas" que tornaram minha vida um pandemônio ou simplesmente um tédio, pois muitas das "gostosas" esquecem de malhar o cérebro, de fazer uma lipoaspiração de futilidades e implantes de conhecimento e cultura. 

Aquela pele de pêssego um dia vai virar maracujá de gaveta, cedo ou tarde! O tempo não faz barganha com o dinheiro. Chega um momento que a grana não consegue mais pagar a propina pro tempo e aí cai tudo. E depois disso, o que a "gostosa" vai ter a oferecer? Chega uma hora que os implantes de "sei lá o que" acabam que deformando a mulher, transformando-a em uma coisa meio "extraterrestre". É tanto esticamento de pele que um dia pode simplesmente arrebentar. Rostos ocidentais com aqueles olhos puxados que só ficam bem nas orientais, porque é NATURAL. Aquelas bocas carnudas que só ficam bem na Angelina Jolie e na Cláudia Raia.

Eu fico assustado com a arrogância de certas mulheres, achando que pelo fato da natureza ter sido generosa com elas, se sentirem no direito de agir com total falta de educação e respeito com os homens. Eu já paguei muito o pato por aturar essas atitudes a troco de nada por causa de uns babacas que se desmontam todos por causa de uma mulher "gostosa". Elas acabam achando que todo homem é babão e fazem umas coisas que dá vontade de mandar para um lugar muito feio. Até uma certa idade eu era um babão porque achava que satisfazer os caprichos delas as trariam pra mim. Ledo engano! Só me faziam gastar a grana que sempre ganhei com muito esmero para financiar suas diversões e, em algumas vezes, elas me "presenteavam" com seus belos corpos numa noite de sexo (em sua absoluta maioria, de péssima qualidade). Presente de grego, né? E pagava motel caro pra uma noite de marasmo e frescuras.

Enfim, acho que agora, depois de quase trinta e cinco anos muito bem vividos, estou aprendendo a diferenciar as "gostosas" conforme a convenção geral e as "gostosas" de acordo com o meu padrão. Aprendi que é bom estar perto de mulheres gostosas e não necessariamente ter qualquer tipo de relação física com elas, pois a fase do desespero passou e agora pra passar na minha catraca, tem que ter um passaporte carimbado e esse carimbo necessita de alguns critérios para ser conseguido. Não sou o Brad Pitt, George Clooney, Vin Diesel e outros caras que as mulheres dizem ser "sonhos de consumo", mas eu sou um cara que torna a vida de uma mulher bem mais gostosa. Sei do meu valor e meu passe é caro, não é qualquer "clube" que pode me "contratar". 

Sei que assim como o tempo é cruel com as mulheres, é cruel com os homens. Por isso, mais do que nunca, cuido do meu corpo, mente e espírito, pois quero ter vitalidade, conteúdo e consistência para tornar a vida de uma mulher mais gostosa.

Beijo nas crianças,
MB

domingo, 5 de agosto de 2012

Patinho Feio (Crônica)

A fábula do Patinho Feio sempre fez parte da minha vida. Felizmente, quando criança, consegui entender o contexto dessa história, o que me ajudou a tomar decisões muito importantes. Não existe "festa estranha com gente esquisita". Quando você vai em festas onde se sente deslocado, a culpa não é da festa, não é das pessoas, não é sua. Simplesmente você não faz parte daquele grupo e isso seria resolvido se você conhecesse umas duas ou três pessoas e com isso iria se alastrando a rede de contatos e pronto: tudo deixa de ser estranho e esquisito. Por outro lado, tem a questão do astral... Você nem sempre está na mesma "vibe" da festa e não se culpe por isso. Procure entrar na "vibe" ou vá embora. A fábula do Patinho Feio dá esse entendimento, e ainda se pode esmiuçar muito mais sobre o assunto. 

O Patinho Feio não é feio. Ele é diferente e a fábula mostra a insensibilidade e intolerância de algumas pessoas com gente diferente. Porém, quando esse ser "diferente" está junto dos seus iguais, essas mesmas pessoas intolerantes e insensíveis conseguem até ver beleza no "ser diferente".

Isso acontece comigo sempre. Sou cantor e toco alguns instrumentos musicais. Noto que quando estou executando o ofício de músico, causo certo encantamento, todos me olham e mulheres usam sua imaginação e às vezes me contam o que pensam, quando desço do palco. Sei que isso não é por causa dos meus belos olhos castanhos. Tenho a consciência de que é o encantamento do meu ofício. Porém, quando passo na rua vestido da mesma forma que eu estava no palco, ninguém me olha, ninguém me aborda. Fico triste com isso não, sei que é assim mesmo. Quando escrevo, também sou especial, as pessoas reconhecem e isso me deixa feliz. Quando estou no meio de poetas, literatos, escritores, não sinto nenhuma estranheza. Me sinto em casa. Se me colocarem no meio de um grupo de funkeiros, vou me sentir deslocado, pois não é minha área de interesse. Que fique claro, não há "grupo" melhor que o outro. Quem diferencia "tribos" qualitativamente, ao meu ver, com todo o respeito, é burro!

Namorei uma moça, certo tempo, que adora comédias românticas, fã declarada de Hugh Grant. Eu não gosto muito desse gênero, mas não deixei de assistir Bridget Jones com ela. No entanto, ela era democrática e assistia Bruce Lee e Van Damme comigo... Hahahaha. 

Se o mundo soubesse, de fato, o que é HARMONIA, as diferenças seriam respeitadas e ninguém mais seria rotulado de estranho e esquisito. Ninguém agrediria física e verbalmente seres diferentes. Não haveria guerras. Seria um mundo ideal para John Lennon. Imagine all the people living your life in peace!

Beijo nas crianças,
Marcio Bragança

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ainda Tentando Entender as Mulheres (Crônica)

Sigo numa interminável saga de entender um pouco sobre as mulheres. Fala-se muito que pessoa alguma nunca as entenderá, mas eu tenho um quê de utopia dentro de mim. Certa data, sentado à mesa de um bar com alguns amigos, todos homens, começamos a falar sobre mulheres, algo trivial. Não sei se era a lua, o chopp ou seja lá o que for, que fez com que contássemos nossas histórias uns aos outros e no final concluirmos que estes seres maravilhosos, que são as mulheres, estão longe do nosso entendimento. Ainda estamos engatinhando sobre a psiquê feminina. 

Um dos participantes contou sua história com uma mulher de meia idade, super bem resolvida, independente, bela e interessante, segundo as descrições dele. Ambos se conheceram de forma casual e encantaram-se um pelo outro assim "de cara". No entanto, houve um espaçamento de tempo consideravelmente grande para que eles tivessem o primeiro encontro. Quando aconteceu, ele foi visitar o apartamento dela e conversaram bastante e no final acabaram dormindo juntos. Durante a semana ele tentou contato com ela, sem sucesso. Exata uma semana depois, ela o atendeu e eles marcaram novo encontro. Chegado o dia do encontro, ele enviou um SMS pra ela pra dizer que estava a caminho, mas eis que surge uma resposta inesperada dela pedindo pra que ele voltasse pois não se sentia bem e precisava descansar pra acordar cedo. Durante a semana ele tentou contato de novo até conseguir: ela responde por SMS que não queria mais vê-lo porque ele é bom demais, envolvente, apaixonante e outros adjetivos fabulosos. Oi? Deixa eu ver se entendi: ela deu um pé na bunda do cara porque ele fez tudo certo? E a risada na mesa foi geral...

Outra história que rendeu risadas foi a da mulher casada que saiu com um dos participantes da resenha. Ela era evangélica (e humana, passível de erros, ok). Os dois se conheceram pelo chat do Terra.com há tempos e ele foi fazer um trabalho musical na cidade dela e ambos se encontraram. Ela foi ao show que ele estava tocando e depois foram pro motel jogar xadrez... Ok, vocês sabem o que eles foram fazer... Hahahaha. Pulando todos os detalhes sórdidos desta noite de volúpia e prazer, ela foi levar o cidadão pra onde ele estava hospedado e colocou um CD de música gospel e começou a tentar "converter" o cara. O músico ficou com uma ressaca moral danada e perguntou como ela conseguia falar da Bíblia normalmente depois de ter cometido adultério... Ela disse que Deus perdoa e que o marido não dá conta... Risadas, risadas...

A história mais preocupante na mesa foi a da mulher que queria casar com o cara depois de dormirem juntos uma única vez. Isso dá medo. O cara correu e a mulher também correu... atrás do cara... Segundo o relato, foram uns cinco meses de perseguição até que ela foi vencida pelo cansaço. Todos nós que estávamos na conversa falamos sobre coisas muito idênticas a isso.

Definitivamente cheguei a conclusão que num primeiro encontro NUNCA se deve falar de casamento. Isso fatalmente bota alguém pra correr. Cheguei a conclusão que NUNCA vou entender as mulheres, mas que SEMPRE vou tentar. São seres maravilhosos e personalizados. As mulheres não são todas iguais, graças a Deus!

Beijo nas crianças,
MB

domingo, 15 de julho de 2012

Sucessos e Insucessos Sentimentais (Crônica)

Fico aqui lembrando de passagens da minha vida sentimental e dando uma repassada nos insucessos, pra tirar lições desses momentos. Eu gosto muito da palavra SUCESSO, mas os insucessos sempre trazem uma carga maior de ensinamentos, justamente pra gozarmos melhor dos momentos bem sucedidos.

O cerne da questão, nesse texto, é a dificuldade que as mulheres, em sua maioria, tem em aceitar uma negativa de um homem. Pergunto aqui se alguma mulher nunca duvidou da orientação/condição sexual de um homem depois de ser "dispensada" pelo mesmo. Se eu fosse pensar que toda mulher que me deu um "não" fosse lésbica, teria um bocado de lésbicas no mundo, porque o que já levei de "não" na cara não está no gibi! Já aconteceram duas coisas comigo na minha adolescência que me fazem rir hoje: Certa vez, "fiquei" com uma menina que morava na minha rua e fui extremamente respeitoso com ela... Beijei comportadamente, não passei a mão... No dia seguinte, virei motivo de piada pra vizinhança inteira pois a garota disse que eu era "fraco". A outra situação, foi quando eu disse não a uma garota da escola e ela espalhou que eu era gay pra todo mundo.

Quero invocar aqui o meu direito a dizer "não" pra uma mulher que não me despertou algo sem ter consequências que possam me afastar de uma mulher por quem eu sinta algo. Eu vivi uma vida inteira levando negativas das moças e nem por isso morri ou fiquei com raivinha delas.

Abaixo à sociedade que ordena que nós, machos, temos que dizer sim a todas as fêmeas porque nossa natureza tem que ser assim. Se todas as mulheres fossem iguais, legal, eu diria sim a todas, mas cada uma é única. Não são todas as que me encantam. Não são todas que eu quero conhecer melhor. Não são todas que quero beijar a boca. Não são todas que quero provocar orgasmos múltiplos na cama. Não, não são todas que me interessam. Essas, por quem não sinto coisa alguma, devem aceitar respeitosamente o fato de eu simplesmente não querer.

Beijo nas crianças,
Marcio Bragança

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Manhãs de Sábado (Poema)


As manhãs de sábado
Sempre me foram especiais por diversos motivos
Aquelas horinhas a mais pra dormir depois da sexta agitada
O futebol com os amigos, pra manter a forma
O nascer do sol em Copacabana
As conversas de bar em bar
Mas teve uma manhã de sábado
Que foi um pouco mais especial que as outras
Foi quando te vi
Foi quando te li
E daí em diante, comecei a pensar em ti
E este singelo poema escrevi

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sou o Que Digo Ser (Poema)

Quando digo que sou uma coisa
Significa que sou outra coisa
Então, quem diz ser outra coisa
Significa que é uma coisa?
Podem especular como quiserem
O que sou interessa somente a mim
E quem pode dizer o que sou
Sou eu mesmo
Sou o que digo ser
E se isso incomoda vocês
Se mudem, ou apenas mudem
Ou, simplesmente, se emudeçam!
Se tem algum armário, geladeira
Ou qualquer móvel ou eletrodoméstico
Do quais eu tenha que sair
A única pessoa que pode me tirar dali sou eu
Porém, especuladores, lamento informá-los:
Sou o que digo ser!
Se eu fosse outra coisa
Teria nenhum problema em assumir
Mas, sou uma coisa, com plena convicção
E tenho profundo respeito por quem é outra coisa
Por quem é QUALQUER COISA, melhor dizendo
Então, especuladores, vão cuidar de suas vidas
Deixem que eu cuido da minha
E sejam o que são
E se querem ser respeitados pelo o que são
Aprendam ou relembrem
Que o respeito só existe quando é mútuo!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Marcas (Prosa Poética)

Essas marcas estão no meu corpo inteiro, de unhas famintas, porém meu corpo é sábio e escondeu dos pobres mortais... Mas eu vejo cada uma delas como se tivessem sido feitas há minutos. Vermelhas como a paixão louca que nos consome quando nos tocamos. Que o tempo passe voando na espera, lento no durante e que o retorno seja breve. Eu lembro do timbre do seu gemido. É musical e intenso como os momentos mais fortes das mais belas canções eruditas.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Piriguetes (Crônica)

Alô, alô!

Sui Generis foi uma crônica inspirada num poema de Mano Melo. Esta crônica está sendo inspirada na minha crônica anterior. Posso até dizer que é uma continuação, talvez. Vamos lá...

PIRIGUETES... Há tantos significados desta palavra... Uma ruptura de opiniões entre as mulheres. Umas se orgulham em ser. As que não são, odeiam quem são, principalmente se uma delas dá em cima, interage virtualmente ou apenas chega perto de seus namorados ou coisa do tipo.

Vou falar do que as Piriguetes significam pra mim, com escracho, sem pudores e SINCERAMENTE. É uma espécie feminina que mancha a imagem da mulher. É o oposto da Amélia de Mário Lago e Ataulfo Alves. Estas são os extremos da mulher. Não curto "Amélias" na mesma proporção que não curto "Piriguetes". Com mulher, vou de 9 a 79. Não trabalho com os extremos. É gostoso ter uma mulher que sabe fazer aquela comida deliciosa pro marido quando ele chega do trabalho e é gostoso também ter aquela mulher que deixa o marido louco de tesão quando ele chega do trabalho. Porém, é gostoso demais ter uma mulher que saiba se dar o respeito. Não entendam isso com a mulher ser comportadinha, colocar roupas de muçulmana cobrindo o corpo todo (no Brasil, essa não é a cultura predominante). A mulher pode muito bem sair, beber, dançar, paquerar (se não for solteira, por sua conta e risco). A mulher pode fazer tudo isso, mas a vulgaridade das Piriguetes pode atrair até a mim, mas podem crer que se eu estiver com vontade e paciência pra aturar a falta de conteúdo cerebral delas (sim, não há Piriguete culta), posso até levar pra cama e, pra mim, tudo ficar por aquela noite. Mas como vivemos num país Sui Generis (alô, Mano Melo!), algumas delas se apaixonam. Véi, na boa, imagina uma Piriguete no teu pé... Recorro a Francisco Milani: "Pedra 90, só enfrenta quem aguenta".

São até divertidas numa night, pois normalmente são animadíssimas, dançam tudo que se toca e pra homens com cérebro de amendoim, são perfeitas companhias. Porém, te mete a casar com uma... A cabeça não vai ter espaço, meu jovem, pra tanto chifre.

Normalmente, as Piriguetes tem dois tipos: as que esculpem o corpo nas academias e as que esquecem academias e dietas e apelam pras roupas curtinhas e comportamento erotizado pra atrair caras que só vão querer comê-las. O segundo tipo de piriguete normalmente é o que se apaixona, cobra fidelidade e quer até namorar. Porém, como tem a autoestima abaixo da sola do pé, dá mole pro primeiro "cueca" que balança o pinto. Faz tudo isso na tua frente, mané, mas ai de você se disser que ela dá mole pra outros... A menina chora, fica ofendida e te chama de injusto e fala que o mundo tem que ser conforme suas regras. Você, MANÉ, se comove e pede até desculpas. Se faz isso pela primeira vez, otário, babou! Ela vai passar até a sentir ciumes de você, e dependendo da personalidade, pode até criar barraco. As Piriguetes do primeiro tipo, são profissionais e também saem com manés, só que estes tem que ser marombados e com grana pra bancar os caprichos delas. São prostitutas que cobram em outra moeda. Algumas poucas se apaixonam. Mas Piriguete NUNCA se redime, meu amigo. Estas são pra comer e correr. Seja um Houdini, um David Copperfield ao "pegar" uma Piriguete.

Enquanto isso, as mulheres de verdade estão aí, sozinhas ou apelando pra imbecis que não as fazem felizes. Apenas ocupam espaço, pois algumas tem a ilusão de que não podem ser felizes sozinhas e escolher com mais critério. Sorte das mulheres de verdade que encontram um bom homem. Mantenha-os! Não façam a besteira de botar o cara pra fora da sua vida pra trocá-lo por um cafajeste e/ou troglodita.

Pra finalizar, a pergunta que não quer calar:
POR QUE PIRIGUETE NÃO SENTE FRIO?

Beijo nas Crianças (não deixem elas lerem isso, por enquanto... rs),
MB

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um Conto Emoticon (Conto)

d:-) ----- S:-(

d:-) --|@ (-:S

d:-) M (-:S

d:-| M (((-:S

 d:-( M ((((((-:S

d:-)))) M 0-:S

d:-0 M ----S:-(

d:-$ M

d:-\ (?)

d:-(

Sui Generis (Crônica)

Mano Melo acertou no poema: Vivemos num país Sui Generis. Quero me ater apenas a poucos argumentos meus que corroboram com Mano. Sabem todos vocês que a minha profissão-mor (a música, pra quem não sabe...rs) me dá acesso a pessoas de todas as classes e como bom ouvinte que sou, coleciono histórias que em tempo oportuno estarão num livro ou em vários, pois são muitas mesmo.

Num papo altamente nada a ver com o assunto, houve aquela brusca mudança pro tema PIRIGUETES. Essa expressão, recém-incorporada ao nosso (cada vez mais) vasto vocabulário quer dizer tanta coisa que na verdade eu nem sei dizer o que é. Mas uma coisa eu notei: as piriguetes adoram chamar as outras piriguetes de... PIRIGUETES! Impressionante, parece que uma vê a outra como um espelho e ficam alimentando o seu "piriguetismo" chamando a outra por esse nome que me lembra PERIGO. Eu acho que esse tipo de moça equivale ao que antigamente se chamavam de "chave de cadeia". Ou seja, tô fora, tô dentro, tô fora... E só.

Neste país Sui Generis, meu querido Mano Melo, além das prostitutas, as piriguetes também se apaixonam. E o pior, elas se apaixonam, cobram fidelidade, atenção. São ciumentas, cara! Aqui tem piriguete carente, meu irmão! Essas são as piores, porque se apaixonam rápido e depois envolvem o cara em jogos sexuais (presenciais ou não) e depois que o babaca fica enfeitiçado, elas se acham as donas do pedaço e vão atrás de novas presas. São quase serial-killers, minha gente! Elas tem um quê de vampirismo... Vão sugando a energia do OTÁRIO (sim, cair nas garras de uma piriguete é muita otarice) e quando o mané repara, tá todo dominado. Quando ele diz pra moça que acha que ela faz esse jogo com outros homens, nossa, a mina pira! Fica ofendida, tadinha... "Logo eu? É isso que você pensa de mim? Acha que eu fico dando mole pra qualquer um?". Um cara que cai nas garras de uma piriguete é pior do que qualquer um. Ele é a Série B do "qualquer um" (Ão, ão, ão, segunda divisão!). É um lixo que não tem autoestima. Mas ser lixo não é demérito, afinal o cara pode ser lixo reciclável e virar algo útil nas mãos certas.

Eu gostaria apenas que meus congêneres se valorizassem um pouco mais, sabe. E também valorizassem aquelas mulheres que fazem por merecer. As piriguetes são uma pequena porção desse mundo feminino maravilhoso, só que nós somos bobos e nos impressionamos facilmente com saias curtas e vestidos de onça. Nos deliciamos com decotes generosos e seios com certa fartura. Que bom, somos homens e é natural a gente gostar de uma fêmea ultra gostosa, dadivosa e muitas "osas". Porém, pára pra pensar, camarada: você acha que realmente vai viver uma vida inteira pegando piriguetes? Vou dizer uma coisa que convido qualquer um a pesquisar: prostituta custa menos do que piriguete. A prostituta, você vai lá, paga o programa e o motel, PÁ e TCHAU. A piriguete não... Você leva pra jantar, você gasta com uns bibelôs e depois, se você não for muito Zé Ruela, vai conseguir arrastar a espécime pra um motel, vai pagar tudo e vai levar em casa... No seu carro, ela vai pedir pra colocar funk ou sertanejo universitário no seu rádio, porque a MPB que você ama é música chata pra uma piriguete. Elas gostam de se sentir numa boate, numa micareta, mesmo dentro de um mísero carro. Normalmente têm um português péssimo falado e "Deus me livre" escrito. Camarada, jura que é isso que você vai passar a vida toda querendo?

Enquanto isso as MULHERES, com razão, vão reclamando que falta homem. E falta mesmo, estatisticamente. Mas a reclamação delas não tem muito a ver com a falta quantitativa, mas tem a ver com a falta qualitativa. Porém, tem umas vacilonas que preferem ficar com a versão masculina das piriguetes... Resultado: um monte de gente bacana solitária, carente, presas fáceis para espécimes humanas que deveriam ter sido descartadas na fábrica, o que eu chamo de "ESPERMATOZÓIDES TRAPACEIROS", aqueles que não deveriam ter alcançado o óvulo.

Pois é, Mano Melo, estamos num país Sui Generis onde prostitutas e piriguetes se apaixonam. E ainda querem nos cobrar coerência, pô?

Beijo nas crianças,
MB

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Personalidade Forte (Crônica)

Fiz uma revisão mais que completa dos meus conceitos e pensamentos. Revi meus poemas e crônicas. Apaguei algumas impertinentes, algumas que não correspondem ao que realmente penso e a como exatamente aconteceram. Coisas que escrevi no calor de uma raiva que não me pertence. Uma pena, pois algumas tinham um conteúdo interessante, mas me perdia por causa de um sentimento que não era meu. Eu achava que fazia parte da minha PERSONALIDADE FORTE. Essa coisa de personalidade forte é muito complicada pois é fácil confundir alhos com bugalhos. Eu descobri em 09 de Fevereiro de 2012 que tenho Transtorno Afetivo Bipolar de Humor e, sem querer, descobri que foi um segundo diagnóstico, pois o meu primeiro psiquiatra já havia diagnosticado isso ano passado para a minha mãe, que por instinto protetor, sabendo ela que esse era o meu maior medo, não me contou. Dessa vez ela não teve como esconder. Já estou fazendo o tratamento devido para tal Transtorno, com medicações e terapias (ocupacional e psicológica).

Acho que está mais do que na hora de desmistificarmos problemas de saúde mental. Eu tenho uma opinião de que todo mundo tem um pouco de problemas de saúde mental. O lance é que deixamos pra tratar disso quando a coisa "estoura". Foi o meu caso. Foi necessário eu tentar me matar 4 vezes pra entender que PRECISO me tratar. Foi necessário eu ver que estava sendo completamente injusto com minha ex-namorada por conta de pensamentos que não me pertenciam. O resultado foi catastrófico! Destruí ad eternum essa relação. Está fazendo parte da minha terapia aceitar a perda e seguir em frente. Tenho recebido muita ajuda de pessoas que eu nem esperava receber. Estou me cuidando, pasmem, pela SAÚDE PÚBLICA, pois meu plano de saúde é muito falho no quesito SAÚDE MENTAL. Fui ajudado por uma pessoa que nunca me viu e conseguiu um encaminhamento pra que eu fosse tratado quase ao lado da minha casa. E tem gente que não acredita em Deus! Ok, respeito. Hoje entendo mais do que nunca a diferença entre Personalidade Forte e Teimosia, Intransigência ou coisas do tipo. Eu era um homem totalmente intransigente, totalmente teimoso e cobrava uma perfeição das pessoas que estavam ao meu redor que eu não tinha o direito de cobrar. Era um animal irracional, era tipo um cachorro que usava seu instinto de sobrevivência pra machucar os outros, muitas vezes por defesa, outras por pura paranoia achando que estava sendo atacado. E animais irracionais atacam os pontos fracos das presas. Eu fiz isso com muita gente em momentos de raiva.

Não quero colocar tudo na conta da minha bipolaridade, pois não vou usá-la como "muleta" para justificar atos impensados no futuro. Agora sei o que tenho. Agora sei distinguir minha Personalidade Forte de outras coisas. Aprendi tardiamente, mas "antes tarde do que nunca". E os efeitos são mostrados no meu dia-a-dia. Eu teria coisas pra contar, mas tornaria essa crônica longa demais.

Pra constar, sou usuário de três fortes e temidos medicamentos (eram dois, antes do diagnóstico de 09/02/2012). Não direi quais são por questões éticas e pra não fazer apologia. Apenas posso dizer que um deles tem dosagem de 200 mg à noite e 100 mg pela manhã, outro tem dosagem de 20 mg pela manhã e 20 mg à tarde e outro tem dosagem de 2 mg à noite. É a dosagem correta pro meu organismo. Não me torna um "morto-vivo", mantém minhas reais emoções e mantém minha libido (que faço questão de não perder). Sou cantor e minhas performances no palco tem sido muito emocionantes como costumam ser. Vou estrear no teatro esse ano como ator e fazer meu primeiro musical adulto, que será sobre Clara Nunes e eu serei, com muita honra e alta responsabilidade, Paulo César Pinheiro.

Cuidem-se bem, estou fazendo a minha parte. Recomendo a leitura do www.psicosite.com.br para melhores informações sobre saúde mental.

Beijo nas crianças,
MB

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Passagem (Poesia)

Vinde a mim, você, que tem o coração partido
Sou uma passagem onde você chega, atravessa e sai com o coração restaurado
Como qualquer passagem, tem trechos escuros
Buracos onde você tropeça, cai e se machuca
Mas nas partes iluminadas, estão as bonanças
Os sintomas de quem sai, por vezes, parecem contrários
Parecem que você saiu pior do que quando entrou
Mas o tempo mostra que esses sintomas adversos
São justamente fatores motivadores para a sua restauração
Mas tem as que saem com os sintomas da cura
Isso depende de como você estava antes
De como você atravessou essa passagem
Não há uma mulher que passou por esta passagem
Que não tenha encontrado sua cura depois
Quem acha que ainda não encontrou, é porque não chegou a hora
Ou, simplesmente, não percebeu que já está restaurada
Você deve se permitir ser curada
A cura de um coração partido se faz, às vezes, pela dor
Uma dor que, em alguns casos, parece não ter solução
Há muitas passagens pelo mundo
Homens que escutam:
"Você me faz tão bem"
"Você é maravilhoso"
"Você é o melhor homem que conheci"
"Você é tão sensível"
Todo homem que tem esse desígnio é solitário
Mesmo que pra muitos, pareça que ele vive cercado de mulheres
Algumas mulheres, aquelas dos sintomas adversos, saem sempre reclamando
Dizendo que sou "desgraçado", "peso morto", "usurpador", "semente do mal"
Mas essas mulheres, tempos depois, se reencontram com si próprias
E alcançam a felicidade que tanto procuram
Nos braços de homens deveras defeituosos
Não se entende a cabeça de uma mulher
E é melhor nem tentar entender
Só eu sei o quanto essa Missão é dolorosa pra mim, que, no fim, fico assim
SOZINHO