quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Te Quero (Poema)

Sinto uma força pulsando no meu corpo quando penso em ti
É a vontade de te ver
De te abraçar
De te beijar
De te envolver nessa energia amorosa e libidinosa
Podemos realizar coisas além da compreensão humana
Quando digo: "te quero!"
Não são simplesmente duas palavras vazias
É, no mínimo, muita vontade
Só me deixe te tocar, tu irás entender...

sábado, 11 de outubro de 2014

Poema Danado e Ordinário - Para Fernando Pessoa (Poema)

Meu caro Fernando Pessoa
Permita-me contestar:
Todo poeta é um vidente
Tanto finge que nem sente
Sabe de nada, inocente
Prevê o futuro e acha que mente

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Necessidade... (Poema)

De serem o centro das atenções
De serem vitoriosos a qualquer custo
De serem profundos, apesar de serem rasos
De sempre terem razão em uma discussão
De sempre serem bajulados apesar de nunca elogiarem pessoa alguma
De sempre serem perdoados apesar de nunca perdoarem
De sempre serem compreendidos apesar de serem intransigentes
Necessidade das necessidades
Tudo é necessidade?
Fome, frio, sede, doenças
Pobreza, miséria, marginalidade
Solidão, depressão, abandono
E aí, me contem...
Vocês tem necessidade de quê?

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Evoé, Cascadura! (Crônica)

Cascadura, bairro onde nasci e fui criado. Era Novembro de 1977, no Hospital Brasil-Portugal (hoje o chiquérrimo Norte D'Or), ali em frente à estação de trem. Bairro que já teve importância na História do Brasil, pois é uma parte importante do Caminho Imperial (o que me faz ter maiores laços com o local, devido a presença maciça dos meus antepassados) e teve uma estação de bonde inaugurada com pompas por JK e Jango. Sim, não precisávamos dizer que Cascadura era perto de Madureira. Cascadura era Cascadura, e ponto! Por minha ligação com a Família Real, atribuí a mim mesmo o título de "Marquês de Cascadura". Bairro bem servido de sistema de transporte, ônibus pra tudo quanto é lugar da cidade do Rio e da Baixada, estação de trem onde os semi-diretos param, integração com o metrô e muita tranquilidade pra se morar, se formos comparar com outros bairros até mais abastados. Hoje, o bairro está completamente ofuscado pelo poderoso comércio de Madureira, que ainda tem como ponto alto o Samba (Portela, Império Serrano e Tradição) e o Jongo da Serrinha. 

Cascadura virou um bairro de passagem, esquecido pelos governantes, sem um real representante na Câmara e na ALERJ. Local com tanto potencial, perdendo sempre os investimentos públicos para os bairros mais "famosos" da região. 

Daqui saiu Fernanda Montenegro, ainda Arlete, e o grande jornalista Sérgio Cabral, pai do nosso ex-governador (que nunca mais volte ao Palácio Guanabara!). Bairro repleto de talentos artísticos que por falta de espaço não se desenvolvem, pouco se apresentam. Temos o lindo e abandonado Parque Orlando Leite, onde joguei muito futebol e vôlei, e até gravei um videoclipe! Outrora tivemos por aqui a Sede do Automóvel Club do Brasil e os extintos supermercados Casas da Banha e Disco. Temos duas praças e em uma delas, a Nossa Senhora do Amparo, há disputas ferrenhas de carteado, dominó e damas, além da Academia da Terceira Idade.

Os principais bancos estão aqui pertinho, Correios, cursos de idiomas, boas escolas e a Rua Silva Gomes, onde o Rio de Janeiro todo vem comprar produtos de eletrônica, além de sediar o respeitadíssimo Centro Espírita Bezerra de Menezes. Temos a Igreja Nossa Senhora do Amparo e Santa Maria Goretti e diversas denominações evangélicas e afrobrasileiras. Aqui tem espaço pra todo tipo de fé.

Não sei o motivo de tanta gente torcer o nariz quando eu digo que sou de Cascadura... Aqui é um lugar gostoso. Tem rock, samba, pagode, charm, MPB, forró e poesia. É um bairro que tenho orgulho de ser oriundo. Orgulho do subúrbio carioca! Evoé, Cascadura!!!!!!

Beijo nas crianças,
MB