sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Poeminha Meu (Poema)

Meu corpo, minhas regras
Meus sonhos, minhas metas
Minha igreja, minhas rezas
Meu harém, minhas belas
Meu vaso, minhas merdas
Minha vidraça, minhas pedras
Meu estojo, minhas réguas
Minha viagem, minhas léguas
Meus peixes, minhas guelras
Meu cu, minhas pregas
Meu exército, minhas guerras
Minha fazenda, minhas terras
Minha tinta, minhas telas
Meu escuro, minhas velas
Meus tropeços, minhas quedas
Minha direção, minhas setas

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Nosso Poema (Poema)

Abraça-me bem apertado
Delícia minha, meu acalanto
Quero sentir teu doce cheiro
Invadindo meu respirar
Os dias tem sido difíceis
Preocupações em profusão
Teu beijo é o sossego
E o alvoroço que preciso
Deixa-me te tocar
Sinta por todo o seu corpo
A magnitude do meu amor
Em forma de dedos, língua
Libera teu êxtase com força
Envolva-me, então, com tuas pernas
E em movimentos circulares
Tira de mim o gozo mais profundo
Fica ao meu lado um pouco
Falemos sobre nosso dia
Depois recomecemos esse nosso poema
Mudando a ordem, improvisando
Até que, satisfeitos
Deixemos o sono dos amantes
Revigorar nossas energias
E assim repetirmos esse ritual
Pelo tempo que tivermos pela frente

sábado, 25 de julho de 2015

Terapêutica (Poema)

Penso naquelas mãos ansiolíticas
Que a cada toque me trazem calma
Penso na compressa quente daquela língua
No inchaço do meu desejo
Penso naquele cheiro que invade minhas vias nasais
E me descongestiona as emoções
Nada mais me dói
Quando beijo aquela boca analgésica
Diante disso, declaro, em definitivo:
Não existe dor na cama do meu amor!